“As uvas do desapontamento são sempre amargas.”
ESOPO, Fábulas
“O bolsonarismo em dissonância cognitiva coletiva se aproxima de um momento traumático: o choque frontal com a realidade. A avaliação é do ensaísta João Cezar de Castro Rocha…”
JORNAL ESTADO DE MINAS, Nov. 2022
Nestes tempos de conflagração e discórdia, de desequilíbrios e insanidades que proliferam, talvez o debate público esteja precisando muito de um conceito que nos ajude a decifrar a esfinge deste Brasil da virada – não só a do ano de 2022 para 2023, mas a histórica virada-de-chave que representa a épica vitória nas urnas do lulismo sobre o bolsonarismo em 30 de Outubro.
A proposta aqui avançada é esta: nossa caixa de ferramentas conceituais estaria bem melhor equipada se tivéssemos a nosso dispor a noção, corretamente compreendida, de dissonância cognitiva. Através dela, podemos compreender mais a fundo fenômenos conexos como a cada vez mais recorrente noção das “bolhas” ou “câmaras de eco” internéticas, que integram a Black Mirrorização de nossa realidade onde cada vez mais os sujeitos agem como se a Verdade importasse pouco ou nada, exilando-se do real numa “realidade paralela” reforçada pelo espírito de seita e pelo fanatismo que se sente à vontade na ambiência da pós-verdade.
Os sujeitos da pós-verdade vivem imersos em dissonância cognitiva e batalham arduamente, como náufragos ansiosos por uma tábua de salvação, para seguirem abraçados a crenças e dogmas mesmo que estes estejam colapsando com o influxo de novas informações e saberes que os ferem ou refutam. O bolsonarismo, neste aspecto, não difere muito de uma seita de terraplanistas que parece viver antes de Copérnico e Galileu, ou de uma horda de fissurados em ufologia que profetiza o iminente apocalipse causado pela invasão marciana. Neste contexto, um grande peso recai também sobre os fenômenos psíquicos estudados sob o conceito de viés de confirmação.
Vamos por partes, começando pela dissonância. Na música, o elemento dissonante é aquele que perturba a harmonia, que viola as santas leis da consonância. É dissonante a nota que não participa da escala, que é alien ao acorde. O músico erra ao tocá-la. É o elemento que não concorda com o todo. Dissonante é sinônimo daquilo “que destoa”, que é “desarmônico” e “discordante”.
O acorde dissonante é aquele cujos sons não se dão bem entre si, aquele que stressa o maestro que desejaria sua orquestra plenamente ressonante com todos os instrumentos equilibrados e harmônicos. Sobretudo no séc. XX é que começa a ser valorizada, acolhida de maneira voluntária na obra de figuras como Stravinsky, Stockhausen ou John Cage, ainda que já tivesse dado também o ar de sua dissonante desgraça anteriomente em compositores como Wagner. Todavia, no geral, dissonância em música é um anátema, um obstáculo a evitar, um equívoco que faz o estudante de música merecer a reprimenda do mestre…
Guardemos isto: dissonância tem a ver com desequilíbrio, com uma incapacidade de estar em consonância com o conjunto. E boa parte da arte humana, do nosso fazer coletivo, envolve um esforço de harmonização. Uma ânsia de equilíbrio, é claro que frequentemente frustrada neste mundo altamente desequilibrado pelas mudanças climáticas, pela injusta distribuição de capitais e recursos, pelo caos informacional e pela sexta extinção em massa da biodiversidade planetária – desta vez, causada pela agência humana. Sonhamos em habitar um paraíso de Harmonia e quase sempre e em quase todo lugar, hoje em dia, só conseguimos habitar num inferno de Dissonância.
Na sociedade, dissonante pode ser chamada a conduta ou fala que no espaço público ressoa como rebeldia, heresia, atentado às normas vigentes ou ao status quo. Dissonante é a atitude de Winston Smith em 1984, com seus arroubos de afronta à heterodoxia vigentes. A meus ouvidos, o comportamento ou ethos dissonante soa assim muito próximo de dissidente ou de divergente.
Ainda que os normopatas argumentem que dissonante é o que desvia da sagrada ortodoxia e que por isso merece punição severa, isto só funciona com a petição de princípio de que a ortodoxia é sagrada, que o nomos vigente é inatacável. Dissonantes são os sujeitos que não aceitam estas normas, que contestam sua sacralidade, que des-mitificam autoridades que gostariam de nos forçar à má consonância chamada uniformidade. O dissidente dissonante é aquele que desequilibra o corpo social que pretende equilibrar-se na solidez do uniforme.
Talvez as mais perfeitas ilustrações pop-culturais e blockbuster desta dissonância cívica, transformada em ícone cultural memetizável, esteja em obras V de Vingança e nas séries de livros e filmes Jogos Mortais e Divergente (Trilogia). Não este é o momento para mergulhar na inventividade artística destes relevantes artistas contemporâneos como Alan Moore, Suzanne Collins ou Veronica Roth. Desta impactante criação cultural contemporânea fiquemos, neste momento, com o foco na dissonância que retratam.
Cada vez mais, no cenário das artes, a proliferação de narrativas distópicas, algumas delas apocalípticas, servem como sintomas do desequilíbrio vigente na atual desordem do mundo. Viveiros de Castro e Débora Danowski refletiram brilhantemente sobre isto no livro Há Mundo Por Vir? e elencaram obras cruciais a respeito deste desequilíbrio antropocênico: os filmes Melancolia, The Road, Cavalo de Turim, 4:44, dentre outros.
Mas falemos um pouco da dissonância cognitiva conexa à desordem brasileira. No Brasil, p. ex., “Ordem e Progresso” pode até estar estampado na bandeira, como mote positivista amputado (Comte teria adicionado o Amor e composto uma tríade…). Mas a desordem e o retrocesso reinam incontestes no último período histórico, este que vai do Golpe de 2016 que derrubou Dilma e deu início ao governo Temer, e que atravessa a pandemia sob o desgoverno necrocapitalista e neofascista de Jair Bolsonaro, este agente do caos e da destruição que fez por merecer o epíteto de genocida.
Ao raiar de 2023, tudo está em desequilíbrio, há dissonância socioambiental profunda e muito disseminada. Para além dos desânimos existenciais (depressões), o stress e o burnout estão para todo lado – ou seja, a dissonância parece ser a substância social em que estamos mergulhados. Não haveria como isto não transbordar para dentro das artes. Como sabem aqueles ouvintes que, como eu, deleitam-se em mergulhar nas sonoridades alternativas de Sonic Youth, Flaming Lips ou Radiohead – que fizeram da dissonância voluntária um formidável campo de psicodelização estética e re-invenção da cultura sônica.
A dissonância como fenômeno concreto, coletivo, serve aqui para emblematizar nossa fratura, nossa incapacidade de fazer coro em consenso. É um pouco por isso que tenho matutado, no labirinto dos conceitos e da linguagem, em busca das palavras mais oportunas para ajudar na decifração do mundo, e tenho suspeitado – à maneira de Guimarães Rosa, “eu quase que nada não sei, mas desconfio de muita coisa…” – que falar em dissonância é essencial para nossa compreensão de nosso tempo-espaço contemporâneo. Sobretudo suspeito, na esteira do prof. Castro Rocha, que precisamos muito falar sobre dissonância cognitiva coletiva.
Para uma genealogia do conceito de dissonância cognitiva
Gostaria aqui de fazer um resgate duplo: de uma fábula de Esopo, a famosa estória da Raposa e as Uvas, e também de uma obra de psicologia social dos anos 1950 considerada como a “fonte” originária da ideia de “dissonância cognitiva”, isto é, a obra de Leon Festinger (1919 – 1989).
A raposinha de Esopo, vocês devem lembrar, quer comer uvas que pendem de galhos muito altos. Não conseguindo alcançar as almejadas e suculentas frutas, a raposa decepcionada terá um episódio de contradição interna. De um lado, o desejo que tinha se manifestado de comer as uvas; de outro a necessidade de reconhecimento de um fato objetivo, a ausência de forças ou instrumentos suficientes para capturar e incorporar as frutas.
Esopo atribuiu à Raposa, através de seu costumeiro fabular que antropomorfiza os animais, a atitude de falar, depois do fracasso de seu intento, algo parecido com: “Uvas sem graça… eu nem queria mesmo!”
A Raposa que antes valorizava as uvas com sua ânsia febril, salivando no processo de pular para tentar alcançá-las, se metamorfoseia numa Raposa desencantada, frustrada, que trabalha numa espécie de elaboração do luto do próprio desejo. É preciso parar de desejar as uvas inalcançáveis, é preciso agora lançar-lhe à distância a lama suja de uma desvalia, de um des-investimento subjetivo. Em linguajar Freudiano, eu diria que a Raposa precisa des-investir sua libido daquele objeto – as uvas – que não se mostrou passível de ser possuível e gozável.
O exemplo de Fastinger e sua equipe é bem outro, bastante contrastante: ao invés do campo do mito, caímos agora no domínio do conhecimento científico e empírico das ciências sociais aplicado a algumas anomalias sociais dos EUA. Fastinger e sua equipe quiseram compreender um culto de Chicago que é fissurado em OVNIs e Apocalipse. Os psicólogos quiseram avaliar este grupo que profetizou o fim do mundo devido a uma hecatombe causada por aliens – o que aconteceeu com eles quando a profecia não se cumpriu? Que tipo de raposinhas de Esopo eles foram? Este culto e este episódio da frustração da profecia apocalíptica é descrito e analisado no livro When Prophecy Fails escrito por Leon Festinger, Henry Riecken, and Stanley Schachter:
O fato de que as profecias falham coloca muitas vezes uma certo sistema de crenças em estado de pane. Um culto de ufólogos que espera uma invasão alienígena que acarretará a aniquilação de toda a vida na Terra, e que põe uma data específica para este advento dos aliens exterminadores, certamente se sentirá decepcionado quando a profecia apocalíptica se mostrar falsa ou falha. O que decorre daí não é necessariamente o abandono da crença prévia, pode ser alguma gambiarra cognitiva que tenta racionalizar o ocorrido. Quando tentamos descrever o futuro e o nosso presente devêm diferente da antecipação ou previsão, a mente cai em estado de dissonância cognitiva.
No curto espaço de minha vida atualmente contando 38 anos de vida, já testemunhei pelo menos dois momentos de frenesis das profecias apocalípticas: aquela do Bug Do Milênio, grande catástrofe que havia sido prevista para ocorrer na virada de 1999 para 2000 (um cenário descrito no cinema em Strange Days/Estranhos Prazeres, filme de estréia da Kathryn Bigelow em 1995), e depois todo o alarmismo envolvendo o ano de 2012 no calendário Maya. Dois apocalipses profetizados que não aconteceram.
A psicologia da dissonância cognitiva entra em cena para analisar como agem, pensam e sentem os crentes nestas profecias, sobretudo como lidaram com a decepção, com o input de uma nova informação que diz “você estava errado”. É deste “caldo cultural” que emerge esta importante teoria da psicologia social no século XX e que têm seu atestado de nascimento com a publicação do livro de Fastinger de 1957: A Theory of Cognitive Dissonance (Ed. Stanford University).
Aprendi com Gisele Toassa, professora de psicologia da UFG, que Festinger recebeu determinante influência de Kurt Lewin. Este psicólogo da Gestalt havia emigrado de sua Alemanha natal para os EUA onde Fastinger nasceu em 1919. Festinger e Lewin se tornariam colaboradores e seriam alguns dos pesquisadores engajados no M.I.T. (o Instituto de Tecnologia do Massachussetts) em um grupo de pesquisas sobre dinâmicas de grupo. Ambos avançariam um approach Gestaltista para a psiquê humana. Na sequência, compartilhamos o excelente verbete do livro de Wade E. Pickren, Psychology Book – 250 Milestones in the History of Psychology (pg. 354, Sterling, 2014):
“Festinger’s work in social psychology owes much to Lewin’s Gestalt approach, especially the principle that the organism seeks to maintain a sense of social and cognitive balance.
Cognitive dissonance theory posits 3 basic assumptions: The first is that cognitions (or beliefs or attitudes) may be related to other beliefs. The second assumption is that related beliefs may be contradictory; this is the basis for the emergence of cognitive dissonance. The third assumption is that humans are motivated to reduce dissonance, regain their cognitive balance, and restore the Gestalt.
When the degree of dissonance is great, as when important beliefs or self-perceptions are involved, we become highly motivated to reduce the dissonance. Festinger suggested that we do this by changing one of the dissonant beliefs or attitudes so that it is consistent with the other important related cognition. For example, you love basketball and you believe you are a very good player, but when you try out for high school team, you don’t make the cut. This creates dissonance that you may try to reduce by telling yourself that basketball isn’t so great after all.” (PICKREN, p. 354)
O professor João Cezar Castro Rocha, da UERJ, é um dos principais pesquisadores brasileiros que hoje em dia dedica-se a mobilizar este conceito de dissonância cognitiva coletiva na compreensão das “novas direitas” no país. Autor de “Guerra cultural e retórica do ódio” (Editora Caminhos), ele afirmou ao Estado de Minas: “Brasil é laboratório de criação de realidade paralela”. Em sua análise, a psicologia de massas dos bolsonaristas evoca comparações com o cenário descrito em “A fita branca” (filme de Michael Haneke). A grande diferença em relação à emergência do nazi-fascismo alemão reside na nova conjuntura midiática, ou seja, pela “midiosfera digital” colocada a serviço do extremismo:
Na entrevista, Castro Rocha deixa claro que considera-se um herdeiro e continuador da obra de Fastinger:
“O psicólogo social norte-americano Leon Festinger publicou, em 1957, um clássico chamado “Uma teoria da dissonância cognitiva”. Acrescento ao conceito da dissonância cognitiva de Festinger a perspectiva coletiva, que está associada à capacidade da produção de conteúdo das redes sociais. Dissonância cognitiva é um desconforto subjetivo causado pela consciência da distância entre crenças e comportamentos, ocorre sempre que há uma distância entre aquilo em que acreditamos e a maneira pela qual nos comportamos. Não há ser humano que não viva com certo grau de dissonância cognitiva.
Diz Festinger que, quando essa dissonância cognitiva começa a incomodar, torna-se gritante e muito óbvia, há mecanismos para reduzir a dissonância cognitiva. São dois mecanismos principais, e você verá neles o próprio bolsonarismo e a extrema-direita de uma forma pervertida. Diz Festinger: o famoso exemplo do médico que fuma, ninguém melhor do que ele saberá que o tabagismo faz mal à saúde. Então, o que faz ele? Ou ele recusa fontes que demonstram cientificamente que o tabagismo é maléfico, ou, pelo contrário, só busca fontes que amenizam essa informação. Ou você recusa informação que contraria a sua crença, ou você busca informação que reforça o que você já pensava. É a própria midiosfera extremista. Agora aqui a coisa fica mais complexa, pois diz Festinger que sempre agimos para reduzir a dissonância cognitiva, não para aumentá-la ou cristalizá-la. Então, o que está acontecendo com o bolsonarismo é a cristalização, a consolidação de um Brasil paralelo.” (LEIA ENTREVISTA COMPLETA)
A SER CONTINUADO
Eduardo Carli de Moraes
Goiânia, Nov. 2022
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Publicado em: 15/11/22
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
Quero parabenizar vocês pela qualidade da matéria. Excelente.
Apenas uma questão, pode ter passado em branco para mim. Achar que só bolsonaristas “sofrem” de dissonância cognitiva coletiva ou de viés de confirmação é muita ingenuidade. Aliás, não é ingenuidade é também fruto da dissonância cognitiva e do viés de confirmação dos lulistas. E, talvez, por eu escrever isso alguém me julgue bolsonarista. Isso não é interessante?
Mas, Marcos Rogerio, vc crê que os lulistas estão numa realidade paralela recusando fontes cientificas e recusando ver os fatos da realidade?
Concordo plenamente com o Marcos Rogerio, os lulistas estiveram no poder por longos 16 anos, o bolsonarismo é o primeiro movimento a lhe contrapor o poder absoluto. portanto, o paralelismo estaria no outro. mas quem esta de fora enxergo os extremos dos dois lados. Por exemplo no caso recente dos povos Yanonami, não culpam a Funai por estes serem lulistas, mas culpam o ministerio dos direitos humanos que nunca recebeu denuncia da Funai.
Marcos Rogério, seu comentário é pertinente, mas o texto deixa claro que não há atribuição de exclusividade aos bolsonaristas, eles apenas ilustram de maneira tragicômica o conceito de dissonância cognitiva coletiva no Brasil atual, como apontado por vários pesquisadores como Carlos Orsi e Castro Rocha. Em nenhum momento afirma-se ingenuamente que grupos sociais que tenham sua coesão dependente de outras ideologias e crenças estejam imunes a isto. O que eu gostaria de te pedir são alguns exemplos concretos e historicamente comprováveis de “dissonância cognitiva e do viés de confirmação dos lulistas”, assim podemos debater se temos a mesma compreensão destes conceitos. Parece-me que é mais difícil de exemplicar isto no campo do lulismo – o que não significa atribuir a eles “imunidade” a este problema – pois o bolsonarismo parece oferecer um campo muito mais farto de numerosos exemplos de atitudes de dissonância cognitiva que se segue a uma profecia que falha. O “Mito” deles, que deveria encarnar a Hombridade, mostra-se um fujão e um covarde; o “Messias” que deveria ser o defensor do povo de Deus mostra-se na realidade como um criminoso e um facínora a ser futuramente julgado por crimes de genocídio e incitação a golpes de estado; o “Salvador da Pátria” que defende a Família Tradicional do Cidadão de Bem revela-se como um corrupto e corruptor pertinaz, que enriqueceu ilicitamente a família com o esquema das “rachadinhas”; o Grande Líder da insurreição fascista que aniquilaria o PT e a Esquerda revela-se como um covardão que foge para os EUA para não ser preso; o Jair, Homem de Bem, revela-se como apologista da tortura e do extermínio dos povos indígenas… É material muito farto para dissonância cognitiva naqueles que acreditam em tantas lorotas e tantas profecias com os pés de barro…
Bea Borges: seu comentário tem várias falácias e equívocos. O “lulismo” no poder se estende entre 2003 e 2016, ou seja, por 13 anos (e não 16, como vc equivocadamente calculou), e não foi encerrado de maneira “normal” mas sim através da ruptura de nossa democracia através do golpeachment que depôs Dilma com a falácia das pedaladas fiscais, instaurando assim tempos pós-democráticos e pavimentando a ascensão da extrema-direita neo-fascista (bolsonarismo). Sua interpretação do que ocorre hoje com a população Yanomami é estranhíssima: se você leu corretamente as excelentes reportagens do Sumaúma, deve ter ficado abismada com a quantidade de provas e evidências de que o governo Bolsonaro agiu em prol da invasão de garimpeiros e da negligência total com as necessidades básicas em alimentação e saúde destas pessoas. O tribunal de Haia já havia recebido denúncia contra o desgoverno por crimes de genocídio e agora as evidências se acumulam, de maneira que dificilmente Bolsonaro e seus cúmplices escaparão de se tornarem réus por esta carnificina dos últimos 4 anos. Como assim, “culpam o ministerio dos direitos humanos que nunca recebeu denuncia da Funai”? O “Ministério Damares” foi cúmplice deste genocídio!
Segundo The Intercept: GOVERNO BOLSONARO IGNOROU 21 OFÍCIOS COM PEDIDOS DE AJUDA DOS YANOMAMI: Funai, Exército, Polícia Federal e Ministério Público Federal receberam dezenas de relatos de ataques de garimpeiros e pedidos de reforço na segurança.
FONTES:
https://sumauma.com/nao-estamos-conseguindo-contar-os-corpos/
https://theintercept.com/2022/08/17/governo-bolsonaro-ignorou-21-oficios-com-pedidos-de-ajuda-dos-yanomami
Legal é ver lado A criticando lado B de ser dissonante cognitivo isto abraçado as crença e utopias divergentes da criticada .
Basta aparecer o tal do insentão e a guerra começa com outros ares kkkkkkkkk
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
Marcos Rogerio
Comentou em 12/01/23